quinta-feira, 19 de dezembro de 2013

Cansaço mental: saiba como a atividade física ajuda a relaxar a mente



Atividade física melhora a função cognitiva e é a grande aliada do cansaço mental. 

O neurocirurgião chefe do Grupo de Hidrodinâmica Cerebral da Divisão de Neurocirurgia Funcional do Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas, Dr. Fernando Gomes Pinto, revela que uma mente cansada pode afetar todos os demais processos do nosso corpo, incluindo o aprendizado e memorização. Segundo ele, ”por ser integrante do corpo físico, o cérebro necessita de repouso para o seu restabelecimento. Seguindo o ritmo do dia, o órgão entra no modo vigília e parte para o sono, onde as memórias são organizadas e a sua forma de funcionamento é diferente. O cérebro precisa dessa alternância para funcionar melhor”, explica.

Atividade física melhora a função cognitiva

A melhora na função cognitiva tem início após 20 minutos de exercícios e se mantém por até 40 minutos de treino. O motivo principal para esse efeito positivo na cognição é o aumento do fluxo sanguíneo no cérebro e o estimulo de células nervosas que causam a liberação de mais neurotransmissores. Esse efeito positivo se mantém por um período após o fim dos exercícios. Após uma hora, o cansaço físico passa a ser um fator influente e pode afetar o desempenho da mente, por isso é necessário manter os limites fisiológicos do corpo. Se os exercícios continuarem, a performance mental decairá novamente.

Como a atividade física ajuda a relaxar a mente

A prática orientada de exercícios físicos é benéfica para todo o conjunto corporal. Durante uma sessão de exercícios aeróbicos intensos, a performance mental melhora em vários sentidos: tempo de reação a estímulos, percepção e interpretação visual de imagens, controle de processos como planejamento, organização, coordenação de pessoas, locais, eventos, etc; memória de curto prazo e inibição a reações desnecessárias.

Atividade física é o remédio para o cansaço mental


O cansaço mental acumulado provoca uma série de complicações mais graves. Os problemas mais frequentes são o desenvolvimento de gastrites e úlceras, queda de imunidade, o que leva a resfriados e gripes constantes, alergias, perda de cabelo, pressão alta, bronquite e, nas mulheres, alterações menstruais. No campo emocional, a relação com o próprio trabalho pode ser prejudicada pela falta de energia e desatenção, acarretando baixa produtividade.

A administradora de empresas Karina Giobbi, 34 anos, foi vítima do esgotamento mental. Mãe de Isabela e Igor, crianças com menos de dez anos de idade, chegou a “surtar” durante uma reunião de trabalho e procurou ajuda médica: “Eu achava que ia passar, e que a minha falta de paciência, estresse e náusea, fossem frutos apenas do que eu pensava e não daquilo que minha mente estava sentindo. Durante uma reunião, próximo do aniversário da minha caçula, eu surtei. Excesso de atividade, somado a um certo descuido físico, me deixaram para baixo. Era crônico.”

“É importante praticar atividade física, fazer algo diferente dos compromissos profissionais e familiares, desenvolver o hábito de aproveitar o fim de semana, as férias, e entender que tudo que fazemos é para viver, e não o contrário”, completou o neurocirurgião.
Deu certo para a Karina: “Procurei tratamento com psiquiatra e psicólogo, cheguei a tomar suplementos vitamínicos e medicação para diminuir a depressão e hoje não me vejo mais sem terapia freudiana. Também comecei a treinar - musculação e corrida são minhas paixões hoje em dia” revela, aliviada. 

fonte: Portal de Educação fisica

quarta-feira, 4 de dezembro de 2013

O QUE É ESSA DOR NO JOELHO?

Causa da dor pode estar relacionada a perturbações durante o crescimento ou a lesões recorrentes dos esportes de impacto. 

Osteocondrite também conhecida como osteocondrose também pode ser chamada de osteocondrite dissecante é uma condição a qual uma quantidade variável de osso e sua cartilagem adjacente perde seu suprimento de sangue e sua causa é muitas vezes desconhecida. Os sintomas incluem dor nas articulações, rigidez, e até mesmo o bloqueio da articulação. Já sentiu algo parecido durante a sua atividade esportiva?

O que é osteocondrite dissecante?
Osteocondrite dissecante pode envolver o osso e cartilagem de praticamente qualquer articulação do corpo. Cotovelos e joelhos são mais comumente afetadas. Normalmente , apenas uma pequena porção da cartilagem afetada está envolvida . Estatisticamente afeta mais os homens.

O que causa a osteocondrite ou osteocondrose?
A causa da osteocondrite dissecante é muitas vezes desconhecida. Teorias incluem lesões recorrentes leves (ex. esportes de impacto) ou perturbações do crescimento causas por atividades esportivas de impacto em crianças durante o crescimento.

Quais são os sintomas da osteocondrite?
Os sintomas são um resultado direto da irregularidade da cartilagem na articulação afetada. Os sintomas incluem dor , rigidez , e ainda o bloqueio da articulação de modo que a amplitude de movimento é significativamente limitada. Por exemplo, quando osteocondrite dissecante afeta o cotovelo, a articulação pode não ir além de 90 graus de extensão, em vez de ser capaz de estender completamente em linha reta a 180 graus que é a amplitude considerada normal.

Como é osteocondrite dissecante diagnosticada?
Os sintomas iniciais podem ser sugeridos clinicamente pela observação da falta de amplitude de movimento com o "bloqueio" da articulação em um determinado ângulo. É neste ângulo que a cartilagem e o osso soltos ou amolecidos são literalmente "comprimidos", ao tentarmos movimentar. A dor também aparece nessas situações de mobilidade articular reduzida.

Para confirmar o diagnostico o médico pode solicitar exames de imagem , como a ressonância magnética ou um artroressonancia (ressonância magnética com contraste direto na articulação).

Qual é o tratamento da osteocondrite dissecante ?
Não há cura como tal , mas a doença pode ser tratada por uma variedade de meios , dependendo do tamanho e localização da lesão bem como a idade do paciente e do grau dos sintomas . Em alguns casos especialmente na forma ( juvenil) muito jovem, osteocondrite dissecante pode corrigir-se espontaneamente.

Cirurgia artroscópica é um procedimento que é frequentemente usado como um tratamento para remover a cartilagem solta e o tecido ósseo da articulação é estimulado.

Qual é o prognóstico de osteocondrite dissecante ?
Os indicadores de pior prognóstico ou resultado incluem uma lesão de grande porte sendo que varia de articulação para articulação . Lesão em uma área de suporte de peso ( área de carga) e idade avançada do paciente são também reservados aos piores resultados.

Osteocondrite dissecante pode ser prevenida?
É possível evitar osteocondrite , impedindo trauma ou lesão na articulação afetada, trabalhando e reforçando a musculatura ao fazer esportes além de adequado preparo físico e orientação profissional.


Matéria publicada no site Globo Esporte.

segunda-feira, 4 de novembro de 2013

Pesquisa aponta que mais da metade dos brasileiros não pratica exercícios físicos




Pesquisa encomendada pelo Sesc, em 70 cidades, identifica que falta de tempo, de dinheiro e de disposição são justificativas mais comuns. E 58% dos brasileiros nunca fizeram exercício ou esporte. 

Uma pesquisa encomendada pelo Sesc, em 70 cidades, concluiu que mais da metade dos brasileiros não pratica exercícios físicos.

Nem caminhada, nem futebol. Este casal assume que é sedentário. “Nós fazemos sempre às segundas-feiras, chega na terça termina”, diz o homem.

Quando o assunto é exercício, mãe e filha têm algo em comum. “Duas preguiçosas”, diz a filha. “Eu já trabalho durante a manhã toda, aí chega certa hora você quer descansar e seu corpo acaba se acomodando”, comenta a mãe.

Falta de tempo, de dinheiro, de disposição pra fazer atividade física. Estas são as justificativas mais comuns, encontradas numa pesquisa que mapeou o sedentarismo no país. E ela mostrou que, seja qual for o motivo, homens e mulheres estão parados. Ao todo, 58% dos brasileiros nunca fizeram exercício ou esporte.

O estudo, feito em 70 cidades do Brasil, mostra que as mulheres são mais sedentárias do que os homens. E eles, mais vaidosos. Mais homens do que mulheres usam a malhação para melhorar a aparência.

“Eu não vou mentir. Penso um pouco também na estética e em ter um corpo bonito”, declara um frequentador de academia de ginástica.

Quanto menor a renda, mais comum a falta de exercício. Entre os entrevistados que ganhavam mais, 42% não se exercitavam. Entre os que ganhavam menos, esse número chegou a 77%. Mas, para essas duas Marias, dinheiro não é problema. Elas usam as academias populares, sem custo, comuns em muitas cidades.

“Eu sempre gostei de caminhar, de andar. Nunca gostei muito de ficar parada, não”, conta a auxiliar de enfermagem Maria Jacobina.

Ana cuida da casa, do filho e do trabalho, mas achou tempo para cuidar dela. “Você dormindo uma horinha a menos você tem mais disposição, você tem uma qualidade de vida maior malhando”, diz Ana.

“Se não dá pra fazer 30 minutos por dia, divida em duas partes de 15 minutos, mas faça alguma coisa. É importante começar”, orienta Fernando Dysarz, professor de Educação Física.

Seu José, de 75 anos, demorou um pouco. “Minha mulher sempre fazia e faz até hoje muito, eu sei que ela me deu aquele empurrão, e empurrão de mulher ninguém resiste. Aí eu vim para cá”, ressalta o arquiteto.

Se depois de tantos exemplos os sedentários ainda resistirem, é bom escutar o conselho de dona Júlia, uma portuguesa de 84 anos. “Tem que ter força de vontade, não pode ficar no mole, não”, afirma.

quarta-feira, 23 de outubro de 2013

Mulheres precisam diminuir o risco de doenças cardíacas e câncer com a atividade física diária.

Mulheres têm coração menor e mais gordura corporal do que homens

As diferenças biológicas entre homens e mulheres podem ser bastante curiosas. Uma delas é que o coração da mulher é menor do que o do homem. 

Sendo assim, ejeta menos volume de sangue por minuto. Por isso, a pulsação das mulheres tende a ser maior do que nos homens. Além disso, a mulher tem 10% a mais de gordura corporal, e entre 20 a 40% menos massa magra e força que os homens. O mesmo ocorre em relação à capacidade pulmonar e ao crescimento fisiológico do chamado coração de atleta, muito maior no homem do que na mulher ativa. Porém, um problema cardiovascular na mulher é mais grave do que no homem. Isso porque a anatomia das artérias coronárias que nutrem o coração feminino é de estrutura menor e mais fina o que, nas obstruções por placas de gordura, resultam em pior prognóstico. 

Mulheres possuem sintomas atípicos de doenças cardíacas, e isso pode confundir o diagnóstico exato de um quadro agudo como o infarto do miocárdio da mulher. Embora a doença arterial coronariana (DAC) seja a principal causa de morte em homens e mulheres, a cada ano aumenta mais esse número entre as mulheres.

Para diminuir o risco de doenças cardiovasculares e de câncer, cada vez mais as mulheres devem se conscientizar da importância da atividade física diária. As mulheres que optam por um estilo de vida mais saudável e incluem a prática de exercícios em sua rotina diária reduzem o risco dessas doenças e complicações, sobretudo das cardiovasculares, metabólicas e até mesmo de alguns tipos de câncer, como o de mama, de cólon e da vesícula biliar. Além disso, melhoram a saúde óssea e reprodutiva, o humor, a autoestima, controlam os níveis de estresse e o peso corporal.

Por Jornalismo Portal EF

sexta-feira, 4 de outubro de 2013

Homeopatia: saiba como o tratamento auxilia o organismo de esportistas

Tratamento diminui o número de câimbras, melhora desempenho e ajuda no estresse emocional. 

Depois de começar a praticar atividades físicas é comum que o esportista comece a ter reincidências de lesões e sensações de dor. Neste momento o atleta deve decidir entre iniciar fisioterapia ou tratamento com uma bateria de remédios. Porém, existe mais uma alternativa que, junto da medicina tradicional, pode salvar o treinamento e a saúde: a homeopatia.

A homeopatia é considerada um tipo de medicina alternativa que utiliza métodos científicos para tratar e prevenir doenças agudas e crônicas. Apesar de muitos cientistas desacreditarem na eficácia do tratamento, existe um número crescente de homeopatas que manipulam plantas e minerais diluídos em água ou álcool para gerar medicamentos que ajudem o organismo a se recuperar.

O benefício da homeopatia é a garantia de um organismo saudável, até mesmo quando o indivíduo não está com uma patologia, e um tratamento personalizado. “Quando testado por ressonância nuclear magnética ou por cromatografia, cada medicamento é diferente e único, assim como cada potência desse medicamento. Portanto, embora cada medicamento homeopático tenha aparência e sabor idênticos, cada qual tem seu próprio padrão e propriedades”, conta o homeopata especialista no tratamento de esportistas, André Castanhede.

De acordo com o homeopata, a medicina alternativa ressalta o poder de capacidade de mutação de microorganismo, portanto tem a função de aumentar a imunidade corporal. “Além de reduzir o risco de resistência bacteriana, o baixo custo dos medicamentos homeopáticos beneficia o acesso ao medicamento. É diferente da alopatia, em que o medicamento é específico somente para tratar de um sintoma, como o analgésico contra a dor e um antibiótico contra infecção”, completa.

Contra lesões
Segundo André, a homeopatia é uma prática que tomou maiores proporções nos países europeus e que é utilizada por um grande número de atletas estrangeiros. “No Brasil existem 15 mil médicos 16º maior grupo entre as 61 especialidades médicas. mas mesmo assim praticamente nem se fala do contexto homeopático dentro do esporte”, lamenta.

Caso o tratamento fosse requisitado pelos atletas, ele teria como objetivo melhorar o ânimo e desempenho, além de diminuir o número de queixas físicas e de ordem mental. “Somada a um médico do esporte, a homeopatia facilita a volta do esportista após uma lesão”, ressalta o especialista.

Castanhede também afirma que a medicina alternativa ou complementar pode ajudar em casos simples de dores. “A dose homeopática reduz o número de câimbras, pois diminui a concentração do "ácido lático” (lactato sanguíneo), revela.

Tratamento
Segundo André, não existe restrições para se utilizar o medicamento e ele deve ser adotado desde quando o indivíduo ainda é um bebê.
Fonte:www.educacaofisica.com.br  e http://homeopatiaemjundiai.blogspot.com.br/

sábado, 21 de setembro de 2013

Corrida não é brincadeira, procure sempre o auxílio de profissionais de Educação Física

O VO2 máximo é considerado hoje um pré requisito para o bom desempenho em corredores de longas distâncias, ciclistas, e atletas que realizam atividades de endurance de uma forma geral. Este indicador tem uma determinação 50% genética, e pode ser melhorado com o treinamento. Estudos demonstram que em treinamento intenso, de auto rendimento, o indivíduo atinge seu limite máximo de VO2 com 18 meses de treinamento.
O VO2 máximo vem sendo muito utilizado também para prescrição de exercícios para a população em geral, principalmente em programas de corrida e caminhada. O consumo máximo de oxigênio pode ser obtido de forma direta ou indireta. A forma direta é através de testes físicos, utilizando aparelhos analisadores de gases, no qual o indivíduo utiliza uma máscara, e todo o ar que expira é controlado por um programa (filtro, analisador, computador). O método direto é mais utilizado para atletas de auto rendimento, pois tem um custo de aparelhagem muito alto.
Protocolo de pista - forma indireta :
COOPER, 1977 (teste de 12 minutos): Deverá ser realizado numa pista de atletismo, ou em local plano, que seja possível ter o controle exato da distância percorrida (parques, pistas reduzidas). O indivíduo deverá percorrer em 12 minutos a maior distância possível, que será anotada em metros, por exemplo: D = 2900 metros. Depois de realizado o teste, será utilizada a seguinte fórmula* para estimar o valor do VO2 máximo:
VO2 máximo (ml/kg/min) = (D – 504,9) / 44,73
*Podem ser encontradas algumas variações para esta fórmula como (D – 504) / 44 ou (D – 504,1) / 44,9
Para o exemplo acima, teríamos o VO2 máximo= (2900 – 504,9) / 44,73 = 53,5 ml/kg/min
Tabelas de classificação do VO2 de acordo com cada faixa etária:













Finalizando
Exercício físico não é brincadeira, procure sempre o auxílio de profissionais de Educação Física, que com um acompanhamento adequado poderão montar treinamentos, dosar as intensidades, conhecendo os limites de cada aluno, tornando-se fácil mostrar os resultados alcançados, a evolução da condição física e consequente melhoria da saúde.

quarta-feira, 11 de setembro de 2013

Sobrepeso traz riscos assim como a obesidade


A obesidade é hoje a epidemia de maior crescimento estável mundial. Além das questões óbvias relacionadas à infraestrutura das cidades, que não comporta esses indivíduos - como transporte público e banheiro adaptados - a estrutura relacionada à saúde também não permite que eles tenham acesso a todos os procedimentos. Como exemplo, podemos citar a maioria das esteiras ergométricas e mesas de hemodinâmica disponíveis, que toleram até 130 kg. A tomografia computadorizada também tem limite de peso e tamanho do paciente, levando os indivíduos que não estão aptos a realização do exame completá-lo em tomógrafos veterinários, habituados a pacientes de grande peso. Isso ainda falando da questão estrutural em saúde. E quando migramos para o microuniverso do paciente?

A obesidade do indivíduo

De uma forma acadêmica, é importante diferenciar obesidade de sobrepeso. Uma forma simples de diferenciar os dois é pelo índice de massa corporal (IMC). Esse é o peso em kg dividido pela altura em metros elevada ao quadrado. Um resultado entre 18,5 e 25 é normal. Entre 25 e 29,9 é sobrepeso. 30 ou mais é obesidade. Estudos dizem que IMC maior que 25 aumentam as chances de doenças, e acima de 30 já quase garante a associação da obesidade com pelo uma dessas condições: hipertensão, diabetes ou pré-diabetes e apneia do sono.

Mas como diferenciar um halterofilista de um obeso? Já que o peso e a altura podem ser iguais. Nesse cenário, a medida da circunferência abdominal vai ajudar e muito. Uma fita métrica pode ser utilizada para medir o contorno do abdome com o indivíduo em expiração (não forçada), na altura do umbigo. O normal eh abaixo de 82 cm em mulheres e abaixo de 95 cm em homens.

Mas ainda sim temos mais algumas coisas a considerar. Orientais, por exemplo tem maior tendência ao aumento de gordura visceral, que significa que a pessoa tem mais tendência a guardar gordura em locais nobres, como vasos sanguíneos. Isso quer dizer que a barriguinha de chope pode estar escondida nos asiáticos, como nas coronárias, como nas carótidas, como na aorta. E não só nos asiáticos: as mulheres e os idosos também guardam maior risco de estocar gordurinhas nesses lugares.

Entendendo a obesidade de cada um

O aumento de peso deve ser tratado como problema sério. Alguns estudos nos fazem crer que uma pessoa com sobrepeso aos 20 anos de idade vai perder um ano de vida, enquanto um obeso da mesma idade vai perder cerca de quatro anos de vida. Olhando apenas os obesos, obesidade moderada (35-40 de IMC) rouba cerca de dois a quatro anos de vida, enquanto a obesidade grave rouba de oito a 10 anos!

Que a obesidade pode reduzir a expectativa de vida, muitos já sabem. Então, o que podemos acrescentar a esse quadro dramático? Muito! Um exercício importante que deve ser feito para começar a tratar a obesidade é dar um passo para trás e ver se existe algum tipo de condição passada que possa estar afetando a perda ou o ganho de peso dessa pessoa. Muitos não fazem isso (eu também não fiz por muito tempo), mas é essencial para entender a condição daquela pessoa especificamente e o que pode ser feito para trata-la. Veja alguns exemplos:

A apneia do sono pode alterar toda a fisiologia do armazenamento de calorias durante a noite, bagunçar o ciclo diário de cortisol e atrapalhar a redução do peso. Pessoas com obesidade se beneficiam ainda mais do tratamento por conta disso.

  • Existem também doenças que limitam a locomoção, como artrose ou lesões em joelhos pelo desgaste, que impedem uma orientação para caminhadas. Nesse caso, o melhor a fazer é orientar atividades na agua, onde o empuxo reduz a carga, ou exercícios que podem ser feitos deitado, como abdominais ou bicicleta.
  • Existem medicações atrapalhando a perda de peso? Alguns remédios tem como efeito colateral ganho de peso, como antidepressivos tricíclicos, propranolol e lítio. Uma decisão a se tomar é entender se essas medicações não essenciais ou podem ser substituídas, para não atrapalharem o tratamento da obesidade.
  • Parou de fumar recentemente? Parabéns, mas é bom lembrar que o primeiro ano após parar de fumar costuma estar associado a aumento de peso. Previna-se já iniciando a substituição do tabagismo por alguma atividade física.
  • Tem relato de "efeito sanfona", ou seja, variações de peso na tentativa de emagrecer que te fazem engordar novamente? Nesse caso, as estratégias em longo prazo, com maior enfoque em reeducação alimentar, tem mais efeito que dietas dramáticas.
  • Existem sinais de depressão? Depressão e distúrbios alimentares estão fortemente ligados. Algumas perguntas simples podem direcionar a pessoa para uma avaliação mais profunda por um psicólogo ou psiquiatra. Você se ente cansado durante a maior parte do dia? Triste? Problemas para dormir ou sono o tempo todo? Sensação de incapacidade ou inutilidade ou ainda culpa? Falta de concentração ou memoria? Pensamentos em morte ou suicídio? Nesses casos, a abordagem por uma equipe multiprofissional é essencial.


Hora de mudar

A pessoa precisa estar preparada para mudar. Então pense: 


O quão importante é para você a mudança?
  • Você acha que consegue?
  • Existe algum obstáculo impedindo isso?
  • Como você acha que sua família e amigos vão encarar isso? Eles vão entender e ajudar?
  • Responder a essas perguntas ajuda a preparar o terreno e entender o campo de batalha. É bom lembrar que a perder 2kg já reduz pressão arterial e melhora apneia do sono, perder 5kg permite melhor controle de glicemia e redução do pré-diabetes, e perder 6 kg reduz dores articulares em joelhos. Esse cenário todo também ajuda a reduzir o risco de morte, AVC e infarto.

segunda-feira, 2 de setembro de 2013

Exercícios físicos e os benefícios para diabéticos

No Brasil, estima-se que sete milhões de pessoas sofram de diabetes. Especialistas afirmam que a principal causa do problema é a rotina com maus hábitos alimentares e falta de atividade física regular. 
O exercício físico desempenha um importante papel na prevenção e controle da resistência à insulina, proporcionando controle da pressão arterial e melhora da composição corporal e condicionamento físico. Após uma análise criteriosa, é possível aplicar programas de treinamentos aos alunos diabéticos similares aos programas aplicados a não portadores da doença crônica. Além disso, há também a possibilidade de utilizar o volume de treino semelhante aos pacientes comuns, porém, é claro, que o aluno precisa procurar antes um profissional que avalie as suas necessidades e restrições. 

Durante os exercícios, algumas alterações metabólicas ocorrerão de forma aguda em resposta ao treinamento, por isso, o aconselhável é que o aluno verifique o nível de glicose através do teste de glicemia. Os níveis de glicose sanguínea não devem estar abaixo de 100mg/dl, mas caso aconteça, é recomendável fazer um lanche a base de carboidrato para aumentar a glicose sanguínea, evitando a hipoglicemia durante a prática de exercícios físicos. Vale ressaltar que o aluno também pode praticar qualquer modalidade, desde que tenha um controle rigoroso sobre o volume e intensidade que sejam adequados ao seu caso. Por isso, o profissional de Educação exerce um papel importante para esse aluno, tendo que além do cuidado com a saúde física, ficar atento aos fatores psicológicos do indivíduo, que pode se sentir constrangido ou desconfortável por conta dos sintomas da doença. Portanto, o profissional deve auxiliar de todas as formas possíveis para que o aluno sinta prazer do começo ao fim na hora de realizar seu treino. 

quarta-feira, 28 de agosto de 2013

Pela primeira vez, sobrepeso atinge mais de 50% da população brasileira.


Dados são do mais recente levantamento Vigitel, do Ministério da Saúde. Pela primeira vez, sobrepeso atinge mais de 50% da população brasileira. 

De acordo com o secretário de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde, Jarbas Barbosa, pela primeira vez, mais de metade da população brasileira tem excesso de peso.

O dado é da mais recente pesquisa Vigitel (Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico), que está sendo divulgada nesta terça-feira (27) em coletiva de imprensa.

O levantamento corresponde a dados coletados em 2012 por meio de 45 mil entrevistas feitas por telefone com os moradores das capitais brasileiras e do Distrito Federal. A pesquisa Vigitel divulgada no ano passado, baseada em levantamento de 2011, apontava que 48,5% da população tinha excesso de peso. Em 2006, primeiro ano avaliado pela pesquisa, esse índice era de 43%.

Ainda segundo a pesquisa, 8% das mulheres estão obesas. Entre os homens, a obesidade atinge 16%. A obesidade é caracterizada por um índice de massa corporal (IMC) acima de 30 kg/m2. Já o excesso de peso é caracterizado por um IMC maior que 25 kg/m2.

“Temos o desafio de barrar crescimento contínuo do excesso de peso e da obesidade em homens e mulheres", diz Barbosa. Ele acrescenta que a obesidade pode ser combatida "desde a cantina da escola à lanchonete da empresa" e que os pais não devem permitir que as crianças substituam água por refrigerante.

De acordo com Barbosa, frutas e hortaliças estão presentes regularmente no cardápio de 45% daqueles brasileiros que concluíram, no mínimo,12 anos de estudo. Nesse mesmo grupo, 45% pratica algum tipo de atividade física no horário livre de lazer.

O secretário observa que o indicador mais preocupante é o que revela o consumo excessivo de gordura saturada: mais da metade da população consome leite integral regularmente. Ele lembra que o ideal, para adultos, é o consumo de leite desnatado. 

quarta-feira, 21 de agosto de 2013

Entendendo como funciona seu metabolismo é possível emagrecer


Boa parte das pessoas que luta contra os ponteiros da balança já culpou, ao menos uma vez, o metabolismo lento demais pela dificuldade de emagrecer. De fato, algumas pessoas queimam calorias em um ritmo mais rápido do que outras. Entendendo este processo, é possível acelerar o metabolismo, eliminando mais calorias e mantendo a boa forma. 
Metabolismo é o conjunto de transformações que os nutrientes e outras substâncias químicas sofrem no interior do nosso corpo. Isso produz energia suficiente para mantê-lo funcionando.

O metabolismo é influenciado por inúmeros fatores, tais como genética, idade, peso, altura, sexo, temperatura ambiente, dieta e prática de exercícios. Dessa forma, existem pessoas que, dependendo desses fatores, gastarão mais ou menos energia do que outras. É por isso que existem pessoas magras, que comem de tudo e não engordam de jeito nenhum, enquanto outros lutam para perder alguns quilos a mais.

Você não pode mudar a genética, mas pode acelerar o seu metabolismo, observando esses fatores:

1º) Tecido muscular - Quanto mais músculos você tem, maior e mais veloz é o gasto calórico, independente do seu nível de atividade, da sua idade, etc. Os músculos são tecido vivo e estão lá para trabalhar para você, queimando calorias 24hs por dia.

2º) Alimentação - O excesso de açúcar, especialmente após a refeição, deve ser evitado, uma vez que a digestão de proteínas e gorduras fica prejudicada. O açúcar é digerido mais rapidamente, retardando a digestão de outros alimentos e enganando o cérebro, que sinaliza com mais fome em pouco tempo. Isso também vale para as farinhas de trigo brancas (refinadas) utilizadas no preparo de pães, bolos e massas. Os alimentos gordurosos também devem ser controlados, mas é importante não reduzi-los em demasia, uma vez que a deficiência desse nutriente diminui a produção de certos hormônios, levando à diminuição do metabolismo. Utilize em suas refeições gorduras que fazem bem para a saúde provenientes de nozes, castanhas e azeite de oliva.

3º) Freqüência das refeições - O tempo entre uma refeição e outra é muito importante. Quanto maior o tempo, mais lento é o seu metabolismo, pois ele diminui para poupar energia. Quando pulamos refeições, ficando muito tempo sem comer, o corpo procura obter a energia que precisa consumindo o seu próprio tecido muscular (catabolismo).

4º) Atividade física - Praticar atividade física, combinando exercício aeróbico e treinamento de força (ginástica localizada ou musculação) acelera o metabolismo. Além disso, o exercício regular ajuda a transformar glicose e gordura em energia, sem a necessidade de produzir o hormônio insulina, que ajuda a engordar. É importante que a atividade física seja regular, para que haja uma ação metabólica contínua, e que a alimentação seja adequada ao gasto calórico.

5º) Água - A maioria das funções do corpo acontecem na presença de água. O líquido é fundamental para transportar hormônios, vitaminas e minerais, além de facilitar o trânsito intestinal e a eliminação de toxinas. A falta de água desacelera o metabolismo. Por isso, beba pelo menos 8-10 copos por dia.

6º) Sexo - O metabolismo masculino é mais acelerado do que o feminino, pois os homens apresentam proporção maior de massa muscular e menor de gordura do que as mulheres. Por isso é importante que as mulheres não deixem de praticar uma atividade física, que ajude no desenvolvimento de massa muscular.

7º) Idade - A partir dos 30 anos o metabolismo começa a ficar mais lento, contudo pesquisas indicam que isso ocorre pelo fato das pessoas tornarem-se mais sedentárias, o que acarreta uma perda gradual de massa muscular. Por isso, é importante que haja um controle alimentar e prática regular de atividade física.

8º) Temperatura ambiente - Em dias mais frios, o corpo consome mais energia para se manter aquecido.

ACELERANDO O METABOLISMO

Para acelerar o metabolismo é importante fracionar as refeições em 5 ou 6 por dia (o organismo terá de trabalhar mais vezes para processar um maior número de refeições), comer devagar, mastigando bem os alimentos e reduzir o consumo de alimentos gordurosos e ricos em açúcar e farinhas refinadas. Alimentos ricos em fibras (grãos integrais, legumes, frutas e verduras) levam mais tempo para serem digeridos e por isso aceleram o metabolismo.

A prática de exercícios físicos bem orientados aumenta a taxa metabólica em até 25% durante 12 a 15 horas após os exercícios intensos.

Rosmeire Paixão - Personal Trainer especialista em nutrição esportiva e homeopatia

sábado, 10 de agosto de 2013

Acompanhamento profissional e espaço exclusivo são diferenciais.









Estúdios são cada vez mais procurados para a prática de atividade física

No espaço totalmente estruturado, que oferece conforto, privacidade e acesso a equipamentos completos, nasce um novo conceito para a prática de atividades físicas. Diferente das tradicionais academias, o studio, como é chamado, permite ao praticante de exercício físico um atendimento personalizado, individualizado com a certeza de resultados e metas atingidas.

Algumas vantagens como: treinamento personalizado e prioridade na qualidade do atendimento; acompanhamento profissional – Personal Trainer; atendimento com hora e dia marcados e um exclusivo espaço para o aluno.

quarta-feira, 10 de julho de 2013

Excesso de peso prejudica a imunidade do corpo, dizem médicos




Obesidade favorece doenças respiratórias e infecciosas, como a gripe. As doenças respiratórias (como rinite e sinusite) e infecciosas (como gripe e resfriado) costumam aumentar no inverno, por causa da aglomeração de pessoas em ambientes fechados, do contato com superfícies contaminadas e do aumento da poluição no tempo seco. Mas pessoas obesas também correm mais risco de adoecer, tanto nesta época quanto no resto do ano, pois a gordura abdominal – além de aumentar a glicose, o colesterol e os triglicérides – favorece inflamações e diminui a imunidade do corpo. Segundo a infectologista Rosana Richtmann e o endocrinologista João Eduardo Salles, a circunferência do pescoço também é um sinal de alerta: 42 cm para os homens e 38 cm para as mulheres. Isso porque o tamanho da região cervical indica a quantidade de gordura que pode estar acumulada no tórax, o que acaba dificultando a respiração. Os médicos também destacaram que doces como chocolate podem prejudicar o sistema de defesa do corpo, enquanto alimentos como cebola, alho e frutas in natura (laranja, limão, maracujá, acerola e outras) ajudam a aumentar a imunidade. Os grupos de maior risco para infecções são indivíduos diabéticos, asmáticos, cardíacos, soropositivos, crianças com menos de 2 anos, grávidas e mulheres no período pós-parto. Por isso, eles fazem parte do público-alvo do Ministério da Saúde nas campanhas nacionais de vacinação contra a gripe. De acordo com dados da Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo, 288 pessoas morreram pelo vírus influenza de janeiro a junho deste ano. Desse total, 259 foram vítimas do vírus H1N1, que causa a gripe suína. E 90% dos óbitos eram pacientes que não haviam tomado a vacina oferecida na rede pública. Além disso, 72% tinham alguma comorbidade (doença associada), quatro eram gestantes e a média de idade era de 45 anos. Segundo Rosana, se houver gripe com febre repentina, tosse e falta de ar, a pessoa deve procurar um posto de saúde, fazer o exame de sangue para detectar o H1N1 e já iniciar o tratamento com fosfato de oseltamivir (Tamiflu), antes mesmo de sair o resultado. Se der negativo, o uso é suspenso. Natural killers Temos no nosso sistema imunológico células de defesa inatas, chamadas “natural killers”, e outras que captam informações do inimigo (bactérias, vírus, parasitas e tumores), para preparar o contra-ataque. As natural killers são essenciais para essa ação inicial. Nos primeiros dias de infecção, são elas que fazem o trabalho de proteger o corpo, enquanto as outras preparam um combate mais específico. Mas estudos científicos têm mostrado que o tecido adiposo (gorduroso) produz substâncias conhecidas como adipocinas, que dificultam o trabalho das natural killers, tornando-as menos eficazes e fazendo-as "abrir a guarda". Por isso, pessoas obesas estão mais sujeitas a infecções, por causa desse prejuízo ao sistema de defesa.
MATÉRIA PUBLICADA NO SITE G1 

quinta-feira, 27 de junho de 2013

Exercícios físicos são capazes de gerar "gordura boa", afirma estudo

A atividade física é capaz de gerar um tipo de gordura que ajuda a acelerar o metabolismo. Dois novos estudos realizados em humanos e animais mostram que exercícios físicos alteram a gordura do corpo. A descoberta foi apresentada nesta sexta-feira (21) durante a reunião anual da ADA (Associação Americana do Diabetes), em Chicago (EUA). Segundo a pesquisa, as atividades físicas conseguem transformar a gordura proveniente de comportamento sedentário em um tipo de gordura capaz de acelerar o metabolismo. As pesquisas revelam que os ratos que se exercitaram por 11 dias e homens que andaram de bicicleta por 12 semanas transformaram o tecido adiposo branco em marrom, que é metabolicamente ativa, ou seja, leva à queima de calorias. Até pouco tempo, achava-se que ela existia apenas nos bebês, mas estudos revelaram que adultos também podem fabricar esse tipo de gordura "desejável". Para determinar se a gordura marrom poderia afetar a maneira que o corpo usa a glicose, pesquisadores transplantaram esse tipo de gordura em ratos sedentários e descobriram que os níveis de tolerância à glicose aumentaram, bem como a sensibilidade à insulina. ''Os resultados mostram que os exercícios físicos não são benefícios apenas para os músculos, mas também para a gordura'', afrma Kristin Stanford, pós-doutoranda e membro do Joslin Diabetes Center, em Boston. ''Está claro que quando a gordura é 'treinada' ela se torna marrom e mais ativa metabolicamente. Nós achamos que essa gordura pode contribuir com outros tecidos'', conta. Ainda não se sabe ao certo se a gordura marrom terá o mesmo impacto em pacientes com diabetes, pois esse tipo de estudo com transplante não pode ser realizado em humanos. ''Nós já sabemos que é bom fazer exercícios físicos'', adicionou Laurie Goodyear, médica e pesquisadora da Harvard Medical School. ''O que estamos constatando é que a gordura é capaz de mudar em resposta à atividade física e isso tem um bom efeito metabólico. Não é a gordura na circunferência abdominal, que é ruim e pode levar a diabetes e outras doenças, mas sim uma gordura subcutânea'', revela. Os estudos, financiados pela Associação Americana do Diabetes e pelos Institutos Nacionais de Saúde, dos EUA, sugerem que a gordura marrom está associada a aumento da captação de glicose, melhor composição corporal, redução da massa de gordura e aumento da sensibilidade à insulina em ratos. MATÉRIA PUBLICADA NO PORTAL UOL

terça-feira, 18 de junho de 2013

Lesões no Joelho: principais formas de tratamento e prevenção

O joelho é uma das maiores articulações do corpo humano e também uma das que mais sofre lesões. Essa articulação é formada pela extremidade distal do fêmur, extremidade proximal da tíbia, patela, ligamentos, meniscos e tendões de músculos que o cruzam. O joelho pode ser lesionado de várias formas por ser muito vulnerável ao trauma direto (pancadas) ou indireto (entorse), além de ser lesionado principalmente pelo excesso de uso ou uso inadequado (regiões condrais e tendíneas são as mais acometidas). Nos Estados Unidos e Canadá mais de 4 milhões de pessoas necessitam, anualmente, de tratamento médico para as patologias do joelho. As lesões no joelho são muito comuns no meio esportivo. Atletas das modalidades que possuem corridas e/ou saltos, geralmente se queixam de dores em algum estágio de suas vidas competitivas, muitas vezes tendo que abandonar o esporte. Os atletas recreativos ou mesmo praticantes de academias, também são acometidos a estas lesões. Praticamente todas as estruturas do joelho podem ser lesionadas, neste texto daremos enfoque às lesões mais comuns: Lesões ligamentares (distensões), tendinite patelar, condromalácia patelar e lesões dos meniscos. Lesões ligamentares Existem quatro grandes ligamentos no joelho: Ligamento Cruzado Anterior (LCA), Ligamento Cruzado Posterior (LCP), Ligamento Colateral Medial (LCM) e Ligamento Colateral Lateral (LCL). Dentre os quais a maior incidência de lesões ocorre no LCA e no LCM. O joelho é estável em extensão, passível de rotação axial (quando flexionado), fazendo com que essa articulação seja menos estável na flexão. Quanto às lesões, o estiramento dos ligamentos é uma das mais comuns nos tecidos moles do joelho, podendo ser classificado como: 1º Grau - Leve estiramento, com pequena tumefação e sem perda da estabilidade. Neste caso o ligamento permanece íntegro e após o trauma o indivíduo consegue andar. A dor acontece somente no movimento e, em alguns casos, ao toque. 2º Grau - Estiramento de cerca de 50% das fibras, presença de sinais flogísticos, com grande dificuldade de movimentos, sendo a estabilidade preservada na maioria dos casos. 3º Grau – Estiramento de cerca de 75% das fibras, com presença de hematoma acentuado e perda da estabilidade, com diástese de 10mm. 4º Grau - Ruptura ligamentar total ou avulsão, com rompimento da cápsula e possível ruptura meniscal que consiste em uma lesão grave. Distensão do ligamento cruzado anterior (LCA) A ruptura isolada do LCA pode acontecer, porém geralmente, é mais comum que esse ligamento seja danificado junto com outros ligamentos e/ou cornos posteriores de menisco. O mecanismo básico da lesão do LCA envolve a hiperextensão do joelho, como por exemplo, um golpe direto na parte frontal do fêmur com o pé fixo no chão. O LCA também se distende em atividades que exigem mudanças rápidas de direção como no futebol, handebol e basquete (momento da “finta” ou em freadas rápidas, arrancadas) e em esportes de salto quando não acontece uma aterrissagem firme. Durante a reabilitação deve-se evitar alongamentos agressivos dos isquiotibiais e os exercícios devem ser executados inicialmente com os joelhos ligeiramente flexionados. Os exercícios de cadeia cinética fechada são mais indicados. O fortalecimento dos isquiotibias é de suma importância, uma vez que eles ajudam na estabilização do joelho. Atualmente a reabilitação desse tipo de lesão tem sido feita utilizando o agachamento como principal exercício, pois durante sua execução não existe forças tensionais significativas no LCA. Isso se deve em parte pela moderada ativação dos isquiotibiais que ajudam a aliviar a tensão no LCA devido ao mecanismo de co-contração (ESCAMILLA, 2001). O interessante é que à medida que aumenta-se o ângulo de flexão de joelhos aumenta-se a contração dos isquiotibiais, fazendo com que o agachamento profundo possa ser utilizado em estágios mais avançados de recuperação. A frouxidão ligamentar do LCA lesionado pode ser controlado em exercício de cadeia cinética fechada (ECCF) mas, não em exercício de cadeia cinética aberta (ECCA) (KVIST & GILLQUIST, 2001). Durante o agachamento a maior compressão no LCA acorre nos ângulos menores que 50 graus (TOUTOUNGI et al, 2000). Distensão do ligamento colateral medial (LCM) Uma das lesões mais comuns no esporte. Geralmente é resultante de uma força externa direcionada ao aspecto lateral do joelho, ou seja, ocorre muitas vezes por trauma na face lateral (externa), sendo relacionada a esportes como o futebol, judô, karatê, etc. O tratamento consiste em fortalecer todos os músculos que cruzam a articulação dos joelhos (quadríceps, isquiotibiais, adutores e abdutores) isso após a interrupção do quadro álgico. Distensão do ligamento cruzado posterior (LCP) Distensões nesse ligamento são pouco comuns no meio esportivo e geralmente outras estruturas são afetadas. A hiperextensão do joelho é o mecanismo mais comum dessa lesão, geralmente é ocasionado por trauma direto na região anterior da parte superior da coxa. No tratamento deve-se focalizar o quadríceps, uma vez que esse músculo fortalecido tende a deslocar anteriormente a tíbia, revertendo assim o sinal de gaveta posterior. A força dos músculos posteriores da coxa deve ser estabelecida espontaneamente sem exercícios específicos. É importante o alongamento dos isquiotibiais, mas sempre tendo os devidos cuidados para não hiperextender o joelho lesionado. O fortalecimento do quadríceps deve ser priorizado com exercícios de cadeia cinética aberta (ex: cadeira extensora), mas em fases posteriores da reabilitação os exercícios de cadeia cinética fechada como agachamentos podem ser introduzidos, porém deve-se ter cuidado com a angulação, pois à medida que aumenta-se o ângulo de flexão, aumenta-se à tensão neste ligamento, sendo seguro trabalhar em ângulos menores que 50 / 60º (ESCAMILLA, 2001). Tendinite patelar (“joelho do saltador”) A dor na região infrapatelar é mais comum nesse tipo de lesão, porém outros fatores podem ocasiona-la: Lesões da patela, como osteocondrite; Patela com fratura de esforço ou polo inferior alongado e proeminente; Hipertrofia do corpo adiposo infrapatelar; Bursite ou doença de Osgood-schlatter. A tendinite patelar está associada com mais freqüência a atividades repetitivas, ela foi primeiramente descrita em atletas de salto em altura (daí o nome de joelho do saltador) mas é quase igualmente edêmica em jogadores de basquete e vôlei. Além de atividades que envolvam saltos, atividades de corrida também costumam exacerbar esse quadro. A dor da tendinite patelar normalmente é de fácil localização, e acomete geralmente o polo inferior da patela, ou mais raro, sua borda superior. No tratamento o primeiro passo é a diminuição dos sintomas, e isso deve ser feito interrompendo as atividades que causem dor. Tratamento com gelo, medicamentos, antiinflamatórios e exercícios isométricos do quadríceps são iniciados imediatamente e continuados até que os sintomas desapareçam. Deve-se fortalecer e alongar o quadríceps e os alongamentos deve ser feito pelo menos 4 vezes por dia, ao acordar, antes e depois das atividades físicas e antes de dormir. Durante o alongamento recomenda-se um mínimo de 20 segundos de manutenção da posição por 2 ou 3 séries. Os exercícios isotônicos e com mais cargas podem ser realizados assim que os sintomas de dor tiverem cessado e não causarem dor durante a execução. Condromalácia patelar (“joelho do corredor”) A condromalácia patelar é uma lesão da cartilagem patelar devido a degeneração prematura com amolecimento, fibrilação e aspereza dessa estrutura, nas quais, são semelhantes às relacionadas com a osteoartrite. A condromalácia pode ocorrer devido a trauma direto com conseqüente dano condral, ou resulta de qualquer condição que interfira com os movimentos patelofemorais normais, tais como variações anatômicas anormais. Essas variações podem ser causadas pelo aumento do ângulo Q, patela alta, insuficiência do vasto medial, oblíquo e desequilíbrio articulares. Esta lesão é mais comum em mulheres (devido principalmente ao aumento do ângulo Q) e ocorre prioritariamente em atividades como balé, corridas, ciclismo, voleibol, etc. A dor é descrita como profunda e localizada na região retropatelar e pode ser sentida ao subir e descer escadas, em atividades prolongadas, após ficar muito tempo com os joelhos flexionados e ao agachar-se para pegar um objeto no chão. Em movimentos de flexão dos joelhos a dor é acompanhado de crepitação retropatelar facilmente audível ou sentida com a mão por cima da patela. O principal sinal para um diagnóstico consiste em mover a superfície da patela contra o fêmur. O tratamento é conservador, muito parecido com o utilizado no procedimento da tendinite. Estimular o repouso evitando atividades que provoquem a dor patelar, como correr, saltar, andar em salto alto e exercícios que promovam a flexão do joelho (ex: ciclismo e subir escadas). A base do tratamento é constituída de exercícios que fortaleçam o quadríceps, principalmente o vasto medial oblíquo. Apesar de ser necessário o fortalecimento prioritário do VMO (vasto medial oblíquo), dificilmente essa musculatura pode ser isolada e fortalecida individualmente. Um estudo conduzido por MIRZABEIGI et al, em 1999 comparou a ativação do vasto medial oblíquo com o vasto lateral, vasto intermédio e reto femoral em 9 exercícios diferentes, os pesquisadores demonstraram não haver diferenças significativas entre os músculos concluindo então que o VMO não pode ser isolado durante os exercícios. É recomendado que se realize exercícios isométricos para o quadríceps, pois não exacerbam a dor, fortalecem e envolvem movimento mínimo da patela. Já os exercícios de flexão de joelhos, tais como agachamento são indicados, mas implicam em uma sobrecarga muito grande sobre a articulação patelofemoral e resultam em exarcebação dos sintomas (CORRIGAN & MAITLAND, 2000). Apesar da tensão patelofemoral aumentar concomitante à flexão do joelho no agachamento, devemos ter em mente que o agachamento profundo mesmo realizado com poucas repetições e muita carga é menos deletério que atividades cíclicas de longa duração, pois na verdade o maior problema da condromalácia está no alto volume dos treinos. Outro fator importante neste tipo de lesão é o fortalecimento e alongamento dos isquiotibiais, flexores do quadril e abdutores. Lesões de meniscos Cada um dos compartimentos laterais e mediais do joelho contém um menisco fibrocartilagíneo em forma de meia-lua e de consistência amolecida. Os meniscos ajudam a aumentar a congruência articular, estabiliza a articulação, absorve choques e limita movimentos anormais, além de ajudar na nutrição articular e na lubrificação da cartilagem. Os atletas de final de semana são os principais candidatos às lesões dos meniscos devido ao condicionamento físico inadequado. A cartilagem pode sofrer ruptura na direção horizontal ou longitudinal, sendo esta última mais comum. Quando a lesão é grande suficiente atingindo longitudinalmente desde o corno anterior até o posterior é denominada “alça de balde” e o fragmento interno pode deslocar-se e assim produzir um bloqueio articular. Em pacientes com ampla ruptura de meniscos deve ser realizada a meniscectomia, mas quando ocorrida na inserção vascular periférica, o menisco pode ser recuperado. Geralmente o tratamento visa aumentar a força do quadríceps, dos flexores e abdutores do quadril e deve ser combinado com exercícios para alongar os isquiotibiais e panturrilhas. Existem especulações quanto à sobrecarga causada pelo agachamento a estas estruturas. Estudos demonstram que o pico de força compressiva no agachamento profundo varia de 550 a 7928N, mas nenhum estudo consegue demonstrar o quanto às estruturas articulares e meniscos podem suportar (ESCAMILLA, 2001). A partir de observações empíricas podemos avaliar que provavelmente os meniscos suportam bem mais que isso, basta observarmos que os jogadores de voleibol (ou outros esportes de salto) dificilmente tem lesões nos meniscos mesmo tendo forças (durante os treinamentos / competições) compressivas atuando nessas estruturas bem acima das encontradas no agachamento profundo. Terapia com frio e calor como forma de tratamento e prevenção de Lesões Atualmente as terapias com frio e calor tem sido muito difundidas na reabilitação de lesões, sem contar que, e a terapia com frio ainda pode ser utilizada na prevenção. Crioterapia (aplicação de gelo): Crioterapia (crio = gelo, terapia = tratamento) é o nome que se dá ao tratamento à base de gelo, usado há muitos anos como agente terapêutico. Sua principal aplicação está no tratamento imediato de lesões no esporte, na qual serve para resfriar os tecidos profundos pela vasoconstrição, reduzindo assim as hemorragias. Atualmente a crioterapia tem sido utilizada como meio preventivo para lesões, sendo comumente usada pelos principais clubes e atletas competitivos. A somação do estresse nos tendões e estruturas articulares pode promover uma deficiência nutricional nessas regiões com conseqüente isquemia local, e a aplicação de gelo nessas regiões promove uma hipotermia, reduzindo assim os níveis metabólicos e evitando reações de hipoxia secundária, que com certeza levaria a dor e incapacidade funcional. A hipotermia causada pelo resfriamento articular também favorece a agregação molecular de líquido sinovial aumentando assim a sua viscosidade, na qual é um dos fatores determinantes na proteção da cartilagem articular. Os principais efeitos fisiológicos da crioterapia são: Anestesia, redução da dor, redução do espasmo muscular, estimula o relaxamento, redução do metabolismo local, redução da inflamação, redução da circulação com posterior estimulação, redução do edema e quebra do ciclo dor-espasmo-dor. Dicas para o uso do gelo: 1- Uso imediato nas contusões – reduz o edema e alivia a dor. 2- Aplicar gelo em qualquer traumatismo ou contusão. Ex: Lesões musculares (contraturas, distensões), lesões articulares (entorses, lesões nos ligamentos), tendinites, hematomas, etc. 3- É recomendado que a aplicação dure no máximo 30min, sendo que na maioria das regiões 20 min já são o suficiente. 4- Nas primeiras 24 horas das lesões mais importantes use gelo por meia hora a cada duas horas. LAING, DALLEY E KIRK (1973) relataram que uma aplicação de gelo durante 20 minutos teve um efeito de até duas horas no esfriamento de músculos profundos. 5- Evite pegar no sono enquanto aplica gelo. Contra-indicações: O gelo não deve ser usado em caso de redução do suprimento sanguíneo (ex: Doença vascular periférica), também é contra indicado no caso de artrite pois, aumenta a rigidez articular. Termoterapia (aplicação de calor): O calor terapêutico tem efeito trófico, promovendo a vasodilatação das arteríolas e capilares melhorando o metabolismo da nutrição dos tecidos, liviando a dor e aumentando a flexibilidade dos tecidos músculo-tendíneos, além de diminuir a rigidez da articulação, melhorar os espasmos musculares e aumentando a velocidade e volume circulatório do sangue. Geralmente a terapia com calor é utilizada em lesões crônicas, ao contrário do frio que é utilizado em lesões agudas. Contra-indicações: Não aquecer regiões do corpo que estiverem anestesiadas, edemaciadas, inflamadas, feridas com sangramento, áreas com tumores, sobre os testículos, e sobre o abdômen de gestantes. Estalos A articulação pode apresentar estalidos como de vácuo que, geralmente, não tem nenhum significado e são comuns em articulações com hipermobilidade. Estalidos podem ser ouvidos e sentidos em torno das articulações, conforme tendões ou ligamentos deslizam sobre proeminência óssea, mas geralmente ele não tem significado clínico. No caso de dor, os estalidos pode indicar lesão no menisco. Considerações Importantes Durante o agachamento o estresse na articulação patelofemoral aumenta quando o ângulo de flexão aumenta (WALLACE et al, 2002). As forças compressivas são maiores no agachamento realizado com as pernas mais afastas (afastamento esse de 2 x a largura da espinha ilíaca) do que com as pernas mais próximas (pés da largura da espinha ilíaca). O agachamento deve ser feito de forma lenta e controlada na fase excêntrica, uma vez que esse movimento de descida feito de forma rápida e descontrolada aumenta muito as forças nas estruturas do joelho (ESCAMILLA, 2001). O pico de força e o estresse na articulação patelofemoral foi observada com 90 graus de flexão do joelho (WALLACE et al, 2002). O agachamento é considerado mais efetivo do que o leg press para o desenvolvimento muscular, porém deve ser usado cautelosamente em indivíduos com disfunções do LCP e patelofemoral, especialmente em ângulos acentuados de flexão (ESCAMILLA et al, 2001). A maior ativação dos músculos da coxa acontece no agachamento (KVIST & GILLQUIST, 2001). O vasto medial oblíquo não pode ser isolado de forma significativa durante os exercícios. (MIRZABEIGI et al, 1999). Um estudo feito por Escamilla e seus companheiros em 1998 no Instituto Americano de Medicina esportiva chegaram as seguintes conclusões: O agachamento gera 2 vezes mais atividade dos isquiotibiais do que o leg press e a cadeira extensora. A maior atividade do quadríceps acontece na máxima flexão dos joelhos em ECCF e na máxima extensão em ECCA. ECCA produziu maior ativação do reto femoral enquanto o ECCF produz maior ativação dos vastos. As forças compressivas tibiofemorais foram maiores na máxima flexão dos joelhos em ECCF e na máxima extensão em ECCA. As compressões patelofemorais foram maiores na máxima flexão dos joelhos em ECCF e na máxima flexão e na metade da extensão em ECCA. Conclusões A maioria das lesões pode ser evitada apenas utilizando medidas preventivas. Uma musculatura forte e com boa flexibilidade ajudam na estabilização dos joelhos e outras estruturas em geral. – Aplicação de gelo nas articulações é mais utilizada após a sessão de treino. A crioterapia é uma medida preventiva de grande valia e tem sido indicada por grandes treinadores e profissionais de saúde. A partir do entendimento dos conteúdos listados acima, podemos sugerir que a utilização de exercícios de cadeia cinética fechada são os mais indicados, principalmente o agachamento. Além de ter uma maior ativação muscular, ele também é um exercício extremamente funcional pois, utilizamos movimentos parecidos a todo instante, por exemplo no momento de pegar um objeto no chão. Infelizmente esse excelente exercício não é bem visto por muitos “profissionais”, mas isso se deve ao fato de estarem desatualizados ou mesmo não terem domínio dos princípios que norteiam o treinamento desportivo. Com um treinamento bem elaborado, utilizando devidamente a recuperação e principalmente uma boa técnica de execução, o agachamento pode favorecer indivíduos saudáveis ou mesmo com joelhos lesionados. Fonte:http://www.educacaofisica.org/wp/joelho-lesoes-principais-formas-de-tratamento-e-prevencao/