quinta-feira, 19 de dezembro de 2013

Cansaço mental: saiba como a atividade física ajuda a relaxar a mente



Atividade física melhora a função cognitiva e é a grande aliada do cansaço mental. 

O neurocirurgião chefe do Grupo de Hidrodinâmica Cerebral da Divisão de Neurocirurgia Funcional do Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas, Dr. Fernando Gomes Pinto, revela que uma mente cansada pode afetar todos os demais processos do nosso corpo, incluindo o aprendizado e memorização. Segundo ele, ”por ser integrante do corpo físico, o cérebro necessita de repouso para o seu restabelecimento. Seguindo o ritmo do dia, o órgão entra no modo vigília e parte para o sono, onde as memórias são organizadas e a sua forma de funcionamento é diferente. O cérebro precisa dessa alternância para funcionar melhor”, explica.

Atividade física melhora a função cognitiva

A melhora na função cognitiva tem início após 20 minutos de exercícios e se mantém por até 40 minutos de treino. O motivo principal para esse efeito positivo na cognição é o aumento do fluxo sanguíneo no cérebro e o estimulo de células nervosas que causam a liberação de mais neurotransmissores. Esse efeito positivo se mantém por um período após o fim dos exercícios. Após uma hora, o cansaço físico passa a ser um fator influente e pode afetar o desempenho da mente, por isso é necessário manter os limites fisiológicos do corpo. Se os exercícios continuarem, a performance mental decairá novamente.

Como a atividade física ajuda a relaxar a mente

A prática orientada de exercícios físicos é benéfica para todo o conjunto corporal. Durante uma sessão de exercícios aeróbicos intensos, a performance mental melhora em vários sentidos: tempo de reação a estímulos, percepção e interpretação visual de imagens, controle de processos como planejamento, organização, coordenação de pessoas, locais, eventos, etc; memória de curto prazo e inibição a reações desnecessárias.

Atividade física é o remédio para o cansaço mental


O cansaço mental acumulado provoca uma série de complicações mais graves. Os problemas mais frequentes são o desenvolvimento de gastrites e úlceras, queda de imunidade, o que leva a resfriados e gripes constantes, alergias, perda de cabelo, pressão alta, bronquite e, nas mulheres, alterações menstruais. No campo emocional, a relação com o próprio trabalho pode ser prejudicada pela falta de energia e desatenção, acarretando baixa produtividade.

A administradora de empresas Karina Giobbi, 34 anos, foi vítima do esgotamento mental. Mãe de Isabela e Igor, crianças com menos de dez anos de idade, chegou a “surtar” durante uma reunião de trabalho e procurou ajuda médica: “Eu achava que ia passar, e que a minha falta de paciência, estresse e náusea, fossem frutos apenas do que eu pensava e não daquilo que minha mente estava sentindo. Durante uma reunião, próximo do aniversário da minha caçula, eu surtei. Excesso de atividade, somado a um certo descuido físico, me deixaram para baixo. Era crônico.”

“É importante praticar atividade física, fazer algo diferente dos compromissos profissionais e familiares, desenvolver o hábito de aproveitar o fim de semana, as férias, e entender que tudo que fazemos é para viver, e não o contrário”, completou o neurocirurgião.
Deu certo para a Karina: “Procurei tratamento com psiquiatra e psicólogo, cheguei a tomar suplementos vitamínicos e medicação para diminuir a depressão e hoje não me vejo mais sem terapia freudiana. Também comecei a treinar - musculação e corrida são minhas paixões hoje em dia” revela, aliviada. 

fonte: Portal de Educação fisica

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